quinta-feira, 12 de julho de 2007

5

Ias de encontro a alguma coisa naquela manhã. Raramente sairias de casa tão cedo. Não era usual e tudo o que não era usual em ti era motivo para engrandecer o sentimento, fosse qual fosse, que eu nutria por ti. Passado horas voltarias com um saco na mão e sorriso preso nas covinhas da tua face. Estavas eléctrica com uma energia tão pouco habitual aquela hora do dia. Abriste o saco e de lá saiu a tua surpresa. Durante a noite, ouviste-me dizer que me apetecia croissants. Tiveste medo de te esqueceres e escreveste num papel que deixaste na mesa-de-cabeceira, puseste o despertador para acordares e satisfazeres o meu aparente desejo.

Não me lembro de me estar apetecer aquela gulosice, é um facto. Mas a tua postura enterneceu-me ao máximo. Não te sei dizer o que sinto, não sei que pormenores envolvem esta forma de sentir, que cores lhe caracterizam, quais os sabores que lhe estão inerentes mas, sei de forma extremamente nítida que o teu gesto acordou muita coisa boa em mim. O teu gesto fez-me querer, durante o resto desse dia não sair mais, dos teus braços.



















- Sai uns croissants fresquinhos para a mesa 5 para salvar o Amor!
- O amor?
- Sim, não vês pela cara das meninas que elas precisam de ajuda?
- Para quê?
- Para salvar o Amor!!!

1 comentário:

mystique disse...

O Amor ainda existe graças às coisas mais simples, aos caprichos mais exíguos e aos gestos ternurentos que impulsivamente se oferecem sem dolo ou racionalização.